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Conheça os principais cuidados a ter na plantação da vinha

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Artigo adaptado da Circular nº 02 de 2021, da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho

Esta circular, bem como edições anteriores, pode também ser consultada e descarregada em

1http://portal.drapnorte.gov.pt/servico/fitossanidade/avisos-agricolas

2 –  http://snaa.dgav.pt/


CUIDADOS NA PLANTAÇÃO


Plantação de novas vinhas e retanchas devem ser feitas quanto antes.
Não deixe a plantação para além de março.
Recorde aqui o que escrevemos no fim do ano de 2020 sobre este assunto.
O inverno tem sido muito chuvoso. Os solos encontram-se, na sua maioria,
encharcados, não sendo de recomendar trabalhos de solo enquanto se mantiverem estas condições.
Para além da maior dificuldade em trabalhar solos com elevado teor de água, pretende-se evitar a compactação provocada pelas máquinas, eventual erosão e arrastamento de terras pelas águas, danos nos muros, entre outros inconvenientes, pelo que se recomenda manter as plantas no frio até que as condições de tempo melhorem.
Sempre que a plantação for efetuada com hidro-injector, aconselha-se a
dissolução na água utilizada, de um adubo rico em fósforo e de hormonas favoráveis ao enraizamento.
A utilização destes produtos provoca um desenvolvimento radicular expressivo, que se reflete num melhor crescimento e desenvolvimento das plantas.
Quando a plantação é feita com hidroinjetor, depois de aberta a cova de plantação e introduzida a videira, esta deve ser puxada no sentido da superfície do solo, de modo a evitar que as raízes fiquem viradas para
cima.

Esta posição incorreta das raízes, em “J”, provoca o efeito conhecido por bengala, que pode atrasar o desenvolvimento da planta ou até causar a sua inviabilização.

Deve-se evitar que se possam vir a desenvolver raízes na parte europeia da videira (o ”garfo”), acima da zona do enxerto (afrancamento). Quando isso acontece, a videira pode ficar exposta a diversas doenças e pragas, como é o caso da filoxera.
Recomenda-se, por isso, que a zona de enxertia fique claramente acima do solo (fora da terra).

MÍLDIO DA VIDEIRA

Plasmopara viticola


As chuvas de inverno têm um papel determinante na conservação da faculdade germinativa dos ovos de inverno do míldio (oósporos – estruturas que permitem a sobrevivência do fungo no inverno e as infeções primárias na primavera).
As contaminações primárias do míldio são tão mais precoces e graves, quanto mais abundantes são estas chuvas e o arranque do ciclo vegetativo é suave.
A elevada quantidade de precipitação, ocorrida na Região dos Vinhos Verdes em prolongados períodos do inverno corrente e

  • a quantidade de água existente no solo, sempre perto da capacidade de campo e em longos períodos na ordem 100%, têm garantido a sobrevivência nas melhores condições do abundante inóculo existente do fungo.

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