Garantir que a sua cultura tem as suas necessidades nutricionais garantidas deve ser uma das principais preocupações de qualquer produtor agrícola. Os adubos são por essa razão imprescindíveis e podem ajudar a suprir carências nutricionais distintas.
De facto, verifica-se que apesar de todos os nutrientes terem uma importância vital para as plantas, alguns destes são absorvidos em grandes quantidades e outros não.
Posto isto, podemos diferenciar os nutrientes em: micronutrientes e macronutrientes. Os macronutrientes ou elementos nobres são os nutrientes que são absorvidos em quantidades mais elevadas
Exemplo de macronutrientes: azoto, fósforo, potássio
Já os micronutrientes, são os nutrientes absorvidos em quantidades muito inferiores e que podem causar problemas de intoxicação às plantas quando absorvidos em quantidades acima do que as plantas realmente precisam.
Exemplo de micronutrientes: cálcio, enxofre, magnésio, zinco, boro, manganês, molibdénio, cobre.
Qual a influência dos nutrientes na vida das plantas?
Tal como já referido no início deste artigo, os nutrientes exercem determinadas funções nas plantas e quando estão em excesso ou défice, provocam o aparecimento de sintomas anormais que devem ser motivo de alerta para o agricultor. Conheça neste artigo alguns dos principais sintomas que podem aparecer nas suas culturas e que deve estar atento.
Azoto
O azoto é um macronutriente responsável por dar cor verde às plantas e auxiliar no crescimento rápido das mesmas. É também responsável por contribuir para aumentar a produtividade e o afilhamento dos cereais, sendo por isso um dos nutrientes exigidos em maior quantidade pela maioria das plantas. Este nutriente é também fundamental para promover o crescimento das folhas, o crescimento e desenvolvimento das raízes e a absorção de outros nutrientes essenciais para a planta. Quando existe uma carência nutricional de azoto, um dos principais sintomas que se observa é a perda de cor das folhas, principalmente as mais velhas. Além disso, as plantas ficam mais fracas, os seus caules ficam atrofiados e a floração é reduzida.
Quando o excesso de azoto nas plantas se verifica, a floração atrasa-se e as plantas ficam mais débeis e com maior tendência à acama. As plantas tornam-se menos resistentes a problemas fitossanitários, como pragas e doenças, entre outros fatores.
Fósforo
O fósforo é essencial para garantir a sanidade e vigor de todas as plantas. Este macronutriente desempenha também um papel fundamental na estimulação e desenvolvimento da raiz, aumentando a resistência do caule das plantas.
Além dessas funções, este macronutriente estimula o desenvolvimento e amadurecimento dos frutos e dá solidez às plantas, contribuindo também para a estimulação da floração das plantas.
Quando o fósforo está em défice nas plantas, pode-se visualizar alguns sintomas nas folhas, por exemplo. Estas, essencialmente na periferia, começam a adquirir cor avermelhada ou purpúrea. Também as raízes manifestam alguns sintomas como o enfraquecimento das raízes além de que a planta, no seu geral, atrasa a sua maturação e os frutos desenvolve-se de forma menos proeminente.
Embora menos frequente, o fósforo pode-se encontrar em excesso nas plantas. Nestas situações não deve ter receio uma vez que a sua presença em quantidades superiores pode ser responsável por acelerar a maturação e o aumento a estabilidade dos caules.
Potássio
O potássio caracteriza-se por ser um elemento muito móvel nas plantas, e embora não seja um constituinte de nenhuma molécula orgânica contribui em várias atividades bioquímicas. Este macronutriente desempenha funções essenciais na formação de frutos, resistência ao frio e às doenças. Além disso, o potássio permite que as plantas tenham uma maior resistência à secura, às geadas e às doenças evitando também a acama dos cereais.
Contribui também para o enchimento das sementes e desenvolvimento dos tubérculos, nabos e cenouras.
Um dos principais sintomas da carência de potássio nas plantas é a mudança de cor das folhas mais velhas, tornando-se mais acastanhadas/amareladas (amarelecimento das margens das folhas interiores). Além disso, esta carência nutricional torna as plantas mais fracas/debilitadas e as suas flores e frutos podem ser afetadas.
Por outro lado, o excesso de potássio provoca o aparecimento de ferrugem nos frutos e contribui para a falta de magnésio (e interferir com a absorção do mesmo).
Tipos de adubações
Deixar bem claro o tipo de adubações que podem ser realizadas para garantir que todas as necessidades nutricionais das culturas sejam suprimidas é fundamental.
Assim podemos considerar em grosso modo dois tipos de adubações: adubação de fundo e adubação de cobertura.
Adubação de fundo
A adubação de fundo é normalmente realizada durante a preparação do solo ou na altura da sementeira/plantação de uma determinada cultura.
Deve ter em atenção que quando um adubo azotado na forma nítrica for parte integrante de uma adubação, não é aconselhável aplicado à sementeira. Isto porque este nutriente pode ser lixiviado durante o período temporal da germinação de sementes, deixando de estar disponível para as plantas.
Agora que estamos em pleno Outono e cada vez mais próximos do Inverno é altura de planear a adubação de fundo antes das sementeiras típicas da altura do ano.
Uma das linhas de adubos mais adequada a este tipo de adubação é a PLUSMASTER.
Esta linha de fertilizantes da ADP Fertilizantes é fabricada com a Tecnologia AntiOX, que é um regulador seletivo da circulação de nutrientes ao nível do xilema que aumenta o teor de antioxidantes nas plantas, tornando as culturas mais eficientes e com maior rentabilidade.
Para saber mais sobre esta linha de adubos, veja o vídeo abaixo.
Adubação de cobertura
A adubação de cobertura é realizada após a cultura já estar instalada. Pode ser realizada sobretudo durante três momentos distintos: (1) quando as plantas são jovens, (2) para evitar/corrigir alguma carência nutricional e (3) como adubação de manutenção.
Um dos adubos mais adequados a este tipo de adubação é o O adubo NERGETIC DYNAMIC S+, sendo o único adubo de cobertura com azoto nítrico e amoniacal totalmente protegido, enriquecido com enxofre, cálcio e boro.
A tecnologia C-PRO presente nos adubos DYNAMIC, garante rapidez de resposta na disponibilidade de nutrientes e ao mesmo tempo um efeito prolongado, com todos os nutrientes protegidos.
O polímero que reveste os grânulos de adubo, ao entrar em contacto com a água, forma um gel onde os nutrientes ficam retidos, protegidos da lixiviação (mesmo o azoto nítrico) e sempre disponíveis para absorção pelas plantas.
Para saber mais sobre este produto, veja o vídeo abaixo:
Caracterização dos adubos
Os adubos podem classificar-se tendo como base a presença dos elementos principais (azoto, potássio e fósforo). Assim, os adubos podem ser simples/elementares ou compostos.
Os adubos simples são constituídos apenas por um elemento principal.
Os adubos compostos dividem-se por sua vez em binários e ternários. Os adubos compostos binários são constituídos apenas por dois elementos principais e os ternários são constituídos pelos três elementos principais (azoto, potássio e fósforo).
Quanto à forma física, os adubos classificam-se como sólidos e fluidos (solução ou suspensão).
No que diz respeito à forma química, os nutrientes dos adubos podem ser encontrados em diversos estados de assimilação no solo. Por exemplo, os adubos azotados apresentam o nutriente em diversas formas, mas, para que seja absorvido pelas plantas devem ser transformados na sua forma nítrica. Já o azoto amídico não consegue ser absorvido pelas plantas e por ser lixiviável, deve ser evitada a sua utilização principalmente no Outono e Inverno.
O azoto amoniacal é absorvido por algumas culturas como a batata e será depois transformado em azoto nítrico.
Já o azoto nítrico é absorvido por todas as culturas, mas é altamente lixiviável sendo arrastado pelas águas para as camadas mais profundas não sendo aproveitado totalmente pelas plantas.
Gostou de saber mais sobre os nutrientes, tipos de adubação e adubos?
Espero que este artigo lhe tenha sido útil!