Fonte: Agricultura e Mar
A CNA – Confederação Nacional da Agricultura defende a manutenção de feiras e mercados locais durante novo confinamento, em “defesa da agricultura familiar e de uma alimentação de qualidade e proximidade”. Pede novos apoios aos sectores da pecuária e do vinho e reclama ainda que seja “salvaguardada a circulação dos agricultores para as suas explorações e no âmbito da sua actividade, para que os trabalhos no campo não parem, para que não faltem cuidados aos animais e para que não faltem bons alimentos nas mesas da população”.
Com o País a aproximar-se de um novo confinamento, com vista a travar o aumento de novos casos de Covid-19, a direcção da Confederação reitera “a importância de permanecerem em funcionamento – e acautelando as condições sanitárias recomendadas pelas autoridades – as feiras e mercados de proximidade, para bem de agricultores e consumidores”.
As feiras e mercados locais são espaços preferenciais de escoamento da produção agrícola familiar, garantindo a “venda directa e preços mais justos para produtores e consumidores, livrando uns e outros do interesse especulativo com os preços dos alimentos”, refere a CNA.
E acrescenta que contribuem ainda para a “dinamização das economias locais e possibilitam à população o consumo de alimentos sazonais de qualidade, produzidos localmente e adequados à sua dieta alimentar. E ao funcionarem em espaços mais arejados, abertos ou amplos, sem os grandes aglomerados de outras superfícies comerciais fechadas, dão também garantias de segurança”.
Novos apoios
Reforça a Confederação Nacional da Agricultura que os sectores da pecuária e do vinho, em particular, também vão “sofrer uma nova machadada com o encerramento ou diminuição da actividade da restauração. A agricultura familiar enfrenta grandes dificuldades com preços baixos na produção e dificuldades de escoamento e os agricultores não aguentam mais prejuízos. Por isso, a par das medidas para salvaguardar a saúde de todos, o Ministério da Agricultura e o Governo têm de tomar medidas efectivas para apoiar os agricultores pela perda de rendimentos neste período tão difícil”.
Mas pretende essas medidas “melhor concebidas que aquelas que o Ministério da Agricultura propagandeou a partir de Abril/Maio a pretexto da pandemia e que acabaram por excluir a agricultura familiar, nomeadamente, as medidas de apoio à economia que não têm em conta a sazonalidade da agricultura”.