Sexta-feira, Abril 26, 2024

Conheça a importância do potássio nas plantas

Olá! Espero que se encontrem bem! Hoje venho falar-vos sobre a importância do potássio nas plantas e qual o seu impacto na produtividade e qualidade das culturas.  Vamos também falar sobre a quais os principais sintomas da carência e excesso de potássio nas plantas e saber mais sobre a sua aplicação nas plantas.

A importância do potássio para as culturas

O potássio é classificado como um macronutriente uma vez que faz parte dos nutrientes que devem existir em maior quantidade no solo e igualmente disponível para as plantas. Para além do potássio, são considerados como macronutrientes os seguintes elementos:  fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. O azoto, fósforo e potássio fazem parte dos macronutrientes principais.

Um dos principais efeitos do potássio nas plantas é que este se caracteriza como um interveniente na síntese dos açúcares e das proteínas, favorecendo entre outros aspetos o processo da fotossíntese, a diminuição da transpiração e uma promoção da coloração e qualidade gustativa dos frutos.

Para além disso, o potássio atua no movimento dos estomas (abertura e fecho) que está associado também à absorção de água.  Por outro lado, o potássio acaba por atuar como ativador enzimático já que atua como ativador de mais de 60 enzimas.

Quais os principais sintomas da carência/excesso do potássio nas plantas?

Uma vez que o potássio interfere no processo de fotossíntese, este macronutriente acaba por contribuir para melhorar a qualidade dos frutos (quer no seu peso e calibre quer no seu teor em açúcares). O potássio acaba por contribuir para a diminuição da transpiração das plantas e é responsável por aumentar a resistência ao aparecimento de doenças e às baixas temperaturas.

Quanto existe falta de potássio nas culturas, esta carência acaba por manifestar-se através de folhas dobradas no sentido ascendente, secura, necroses nas margens das folhas e fruto disformes e pouco ricos nutricionalmente.  Em casos graves de carência de potássio, as necroses acabam por avançar até á nervura e originar em muitos casos a sua queda.

Por outro lado, a carência de potássio nas culturas manifesta-se pela maior acama das plantas, pela inibição do crescimento radicular e vegetativo, por um atraso na floração e uma redução do crescimento dos frutos.

Carência de potássio no milho. Fonte da imagem: https://maissoja.com.br/wp-content/uploads/2020/02/deficiencia-pot%C3%A1ssio-milho.png

Quanto o potássio está em excesso nas plantas torna-se possível que este interfira com a absorção de outros nutrientes como por exemplo a absorção de cálcio. Apesar do seu excesso raramente manifestar um sintoma característico, acaba por afetar a absorção de outros nutrientes não respeitando a “Lei do Mínimo”.

Como é que ocorre a absorção de potássio pelas plantas?

O potássio, ao contrário de outros macronutrientes tais como azoto e fósforo, não sofre metabolização na planta mantendo-se em formas minerais.  Apesar disso, o potássio acaba por desempenhar importantes funções na síntese de muitos compostos exercendo a sua ação em fenómenos como o metabolismo do azoto e síntese de proteínas, relações hídricas ou na ativação de várias enzimas.:

Relativamente à presença de potássio nos solos e a diferente possibilidade de ser absorvido pelas plantas, podemos dizer que o potássio existe no solo de quatro formas: (1) sob a forma de minerais, (2) fixado em argilas, (3) adsorvido nos coloides minerais e orgânicos e na (4) solução do solo.  De todas estas formas possíveis do potássio, este elemento que se encontra na constituição da estrutura de minerais que não é acessível às culturas. Só no momento em que estes minerais através de alterações estruturais acabam por libertar o potássio é que este macronutriente poderá passar para a solução do solo.

Comparativamente com o azoto e o fósforo, o potássio não é tão dinâmico com o azoto nem é tão estático com o fósforo.  Isto significa que em solos com reduzida capacidade de fixação e adsorção que acontece em solos arenosos e pobres em matéria orgânica por exemplo, originará que o potássio se desloque mais facilmente pela ação das águas e ficará mais sujeito ao arrastamento.

Além dos diferentes tipos de formas de potássio no solo, a sua disponibilidade pode ser afetada pela natureza e quantidade minerais de argila, pH e natureza dos catiões que são trocados.

Para que estes catiões de potássio consigam entrar na planta, eles necessitam de se encontrar com as estruturas vegetais como por exemplo as raízes através de processos de difusão e fluxo de massa.  

Ao longo da difusão, o potássio entra em contacto com a parte radicular da planta na passagem de uma região de maior concentração para uma de menor concentração próxima da raiz.

Já no processo de fluxo de massa, o contacto com o potássio ocorre quando este é movimentado de um local de maior potencial de água para um de menor potencial de água próximo do sistema radicular da raiz.  

No caso de existir situações em que se verifica uma alta disponibilidade deste macronutriente, as plantas podem armazenar o potássio no vacúolo (que é uma estrutura celular) ficando disponível para ser utilizado em momentos em que seja necessário.

Ciclo do potássio nas plantas. Fonte da imagem: https://www.agrolink.com.br/upload/fertilizantes/imagens/pot%C3%A1ssio5.jpg

Quando o potássio está pouco disponível para a planta verifica-se em muitas situações que a planta começa a mobilizar este macronutriente   para as folhas mais novas, por ser um elemento muito móvel no interior da planta.  

Este acontecimento pode originar sintomas visuais como a redução do crescimento da planta, aparecimento de necrose nas margens das folhas e um ligeiro enrugamento das folhas. 

Por outro lado, quando o potássio está pouco disponível podem aparecer rachaduras e lesões nos frutos e nas folhas o que acaba por ser um veículo para o aparecimento de pragas e doenças.

Rachadura no tomate causada pelo falta de potássio

Como fornecer potássio às minhas culturas?

É importante ter em conta que a deficiência de potássio não acontece apenas pelo fornecimento insuficiente desse nutriente através dos fertilizantes. Mesmo em situações que este fertilizante é aplicado em doses adequadas para as culturas, existem fatores que podem interferir na sua disponibilidade para as plantas causando uma deficiência neste macronutriente. São exemplos de práticas agrícolas inadequadas a calagem realizada em doses excessivas ou a escolha de fertilizantes sensíveis ao processo de lixiviação dos nutrientes.

Para escolher a melhor fonte de potássio para as suas culturas, deve ter em consideração as exigências neste macronutriente para as suas culturas nas diferentes fases do seu ciclo de vida.

Para tal deve realizar uma amostragem do solo antes da instalação da cultura e análises foliares para avaliar o nível deste macronutriente.

Depois de ter a certeza de qual a quantidade deste macronutriente recomendada para a aplicação, deve ter em consideração a fonte de potássio que vai optar no momento da escolha do fertilizante.  Além da relação custo-benefício, deve ter em consideração as vantagens e desvantagens de cada tipo de fertilizante potássico.

A Vellpotassium da Vellsam é uma formulação que permite fornecer uma  aporte de potássio para as culturas e que funciona  como um complemento à adubação normal. Este produto não  contém azoto, sulfato nem cloretos podendo  ser aplicado por via foliar ou diluído na água de rega.

O Vellpotassium é um corrector de carências de potássio, apresentado como solução líquida altamente concentrada. O seu uso previne e corrige carências de potássio em citrinos, fruteiras, hortícolas, vinha, morango, olival, ornamentais, assim como qualquer outra cultura afetada.

Dado que o potássio intervém nos mecanismos de regulação hídrica da planta e na formação de proteínas, é responsável também pela síntese de hidratos de carbono.

Este macronutriente funciona também  como ativador nos processos de respiração celular e possibilita a ativação de muitas enzimas que participam nos processos metabólicos. Regula ainda o transporte dos produtos resultantes da fotossíntese pelo floema e a sua distribuição pelos órgãos, potenciando a resistência à seca, geadas e doenças, aumentando a resistência mecânica dos caules. O potássio potencia o sistema radicular e participa no enchimento e maturação dos frutos.

Saiba mais sobre o Vellpotassium aqui.

Artigo patrocinado pela Vellsam*

acientistaagricola
acientistaagricolahttp://acientistaagricola.pt
Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões. 

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