Segunda-feira, Abril 29, 2024

Conheça as conclusões do 11º Colóquio Nacional do Milho

O 11º Colóquio Nacional do Milho, que foi também o 1ºEncontrodas Culturas Cerealíferas, reuniu a 05 de Março,via plataformas digitais, um número record de 1.165 parti-cipantes. De entre esta numerosa assistência, destacamos oelevado número de docentes e estudantes das diversasinstituiçõesde ensino superior e técnico-profissionalagrário,num esforço de aproximação entre a futura geraçãode agricultores e técnicos agrícolas e o mundo empresarial,representadopela ANPROMIS e pela ANPOC.

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, marcou presença na Sessão de Encerramento do Colóquio, realçan- do não só a importância do sector dos cereais para a nossa soberania alimentar, mas também a mobilização do Gover- no na implementação da Estratégia Nacional para a Promo- ção da Produção dos Cereais.

Face aos temas abordados, a ANPROMIS e a ANPOC concluem:

A organização do 11º Colóquio Nacional do Milho que foi também o 1º Encontro das Culturas Cerealíferas, constituiu um forte sinal de que a fileira dos cereais está unida e partilha dos mesmos objectivos e estratégias;

-A realização deste colóquio no Instituto Superior de Agronomia traduz não só o reconhecimento da importância que a academia e a investigação agrária têm para os produtores de cereais, como também a necessidade premente de se estrei- tar a colaboração e o envolvimento entre todos os agentes do sector agrícola nacional;

A água representa um bem essencial para a sobrevivência da cultura do milho e da agricultura de regadio, sendo funda- mental que o nosso país planeie de forma atempada e ponderada o aumento da capacidade de armazenamento deste precioso, mas escasso recurso natural.

Os especialistas em clima e água revelaram no colóquio que os anos de seca extrema se repetem com cada vez maior frequência (6 nos últimos 20 anos) em Portu- gal e que mais de 50% da água que corre nos nossos rios depende das afluências dos rios espanhóis.

-O consumo de água pelo sector agrícola tem decrescido, denotando uma maior eficiência no uso deste escasso   recurso.   Em   contrapartida,   o   consumo   urbano mantém a sua tendência de crescimento.

-A valorização da produção nacional de cereais e a constituição de novas estruturas de comercialização, entre as quais a criação de uma Interprofissional para os cereais, afigura-se uma aposta extremamente importante para o nosso país, como forma de valorizar a produção nacional ao longo dos diversos elos da cadeia agro-alimentar.

-O aumento da procura de matérias-primas a  nível  mundial,  entre  os  quais  os  cereais,  convocam  os produtores nacionais a aumentar a área a semear, para ir ao encontro das necessidades da agro-indústria nacional.

-Os stocks mundiais de milho estão ao nível mais baixo dos últimos 7 anos, com a China a pressionar fortemente o mercado, numa estratégia que se prevê de longo prazo (no último ano a China praticamente quintupli- cou as importações de milho, de 7 M ton para 30 M ton), revelou o especialista do Rabobank no colóquio. Paralela- mente, o fenómeno climático La Niña, cujos efeitos se prevê continuem nos próximos meses, a seca no Brasil e nos EUA, conjugam-se, fazendo antever uma previsível baixa da produção de cereais na actual campanha e a consequente subida dos preços.

-A valorização da produção nacional de cereais e a constituição de novas estruturas de comercialização, entre as quais a criação de uma Interprofissional para os cereais, afigura-se uma aposta extremamente importante para o nosso país, como forma de valorizar a produção nacional ao longo dos diversos elos da cadeia agro-alimentar.

-As  Organizações de Produtores (OP), como estruturas de concentração da oferta, são essenciais à competitividade da agricultura portuguesa e o seu contributo deve ser reconhecido através do reforço das suas atribuições no âmbito da futura Política Agrícola Comum. Efectivamente o papel das OP revela-se vital para reforçar o stock alimentar estratégico nacional, mais essencial ainda em períodos críticos como é a actual pandemia.

acientistaagricola
acientistaagricolahttp://acientistaagricola.pt
Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões. 

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