- Pequenos frutos mantêm-se como os campeões das exportações hortofrutícolas nacionais, tendo as vendas ao exterior praticamente triplicado desde 2015;
- Exportações desta fileira crescem tanto em valor (+5,5%) como em quantidade (+2%);
- Países Baixos, Alemanha e Espanha são os principais mercados de destino dos pequenos frutos portugueses.
Odemira, 11 de fevereiro de 2021 – Entre janeiro e dezembro de 2020, as exportações de pequenos frutos nacionais – framboesas, amoras, mirtilos e morangos – cresceram 5,5% em valor face ao ano anterior, de acordo com os mais recentes números publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o comércio internacional. As vendas ao exterior desta fileira atingiram 247 milhões de euros no ano passado (face a 234 milhões, em 2019), o que denota a resiliência do setor num período económico muito conturbado e marcado pelas consequências do combate à pandemia Covid-19. Num ano em que as exportações nacionais caíram acima de 10%, a fileira agroalimentar, no geral, e o setor dos pequenos frutos, em particular, assumem-se como a exceção neste panorama de profunda retração.
Os pequenos frutos mantêm-se, assim, como os campeões das exportações agrícolas nacionais, sendo os produtos da fileira das frutas e legumes mais vendidos ao exterior. Desde 2015, as vendas ao exterior praticamente triplicaram.
Luís Pinheiro, Presidente do Conselho de Administração da Lusomorango, a maior Organização de Produtores nacional de frutas e legumes, em volume de negócios, e que se dedica à produção e comercialização de pequenos frutos, sobretudo a partir da região do Sudoeste Alentejano, afirma: “Na anterior crise económica, o setor dos pequenos frutos já tinha demonstrado a sua importância enquanto pilar do setor agrícola nacional, que foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento das exportações nacionais e, nesse sentido, o motor da recuperação económica. Menos de uma década depois, e para responder a circunstâncias completamente inesperadas, os pequenos frutos voltam a mostrar uma resiliência muito forte em contextos de crise. Naturalmente, também fomos afetados pelos efeitos da pandemia, sobretudo com os aumentos dos custos de produção e de logística, que estão a ser suportados pelos produtores, mas estes números comprovam que a produção agrícola de produtos de qualidade, aliada às modernas, avançadas e ambientalmente sustentáveis técnicas da agricultura de precisão, tem futuro. E, sobretudo, tem um papel fundamental a desempenhar na recuperação económica que será crucial na próxima década.”