Legislativas. PCP quer reforma agrária nos campos do Sul “liquidando” a propriedade latifundiária

Fonte do artigo: Agricultura e Mar

O Partido Comunista Português (PCP) defende “uma política agrícola que, a par da racionalização fundiária pelo livre associativismo no Norte e Centro, tenha por eixo central uma profunda alteração fundiária que concretize, nas actuais condições, uma reforma agrária nos campos do Sul, liquidando a propriedade de dimensão latifundiária”.

Esta é uma das propostas com que os comunistas avançam para as eleições legislativas de 30 de Janeiro, explicando que essa deverá ser uma reforma agrária que “condicione por lei o acesso à terra pelo capital estrangeiro” e “trave a exploração intensiva, predadora dos solos e das reservas de água (superficiais e aquíferos)”.

Refira-se que o Partido Comunista Português concorre às próximas legislativas em coligação, na CDU — Coligação Democrática Unitária, e reafirma “a actualidade e validade” do seu programa eleitoral de 2019, apresentando em simultâneo o actual “Compromisso Eleitoral – Com o PCP, soluções para Portugal”.

No seu programa eleitoral de 2019, o PCP propõe-se ainda a travar a especulação imobiliária “turística” e que se assegure o bom aproveitamento das potencialidades agrícolas do Alqueva e de outros regadios e obras de engenharia agrícola, tais como o Azibo, Vale da Vilariça, Vouga, Mondego, Lis e Cova da Beira.

No mesmo documento pode ler-se que o PCP defende uma política florestal que, “assente no respeito pelas diferentes realidades sociais, nomeadamente a pequena propriedade florestal e da propriedade comunitária (baldios) assegurando-lhe um forte apoio, vise objectivos de uma floresta multifuncional assente em ecossistemas tradicionais (como o montado), com a defesa da floresta de uso múltiplo, o combate às monoculturas, a valorização das espécies autóctones (fauna e flora) e da protecção de $ameaçados, em especial nas dunas”.

Os comunistas prometem ainda tudo fazer por um “investimento público para o ordenamento, o cadastro e a gestão florestal como condição de um adequado ordenamento florestal”, em que se “fomente o associativismo florestal e a dinamização do investimento”, se valorize as fileiras florestais em todas as suas cadeias de valor, “de forma a uma justa distribuição em particular aos pequenos e médios produtores florestais e compartes de baldios”.

Pode ler o programa eleitoral de 2019 do PCP aqui.

Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões.

 

Deixe um comentário

Artigo Anterior

PSD quer contratação obrigatória de seguros de colheita para todos os agricultores que beneficiem de apoios públicos

Próximo artigo

NOVA OPORTUNIDADE: Engenheiro Florestal e/ou Agrícola

Latest from Artigos