As pastagens caracterizam-se por serem comunidades de plantas geralmente herbáceas, que são aproveitadas maioritariamente no próprio local em que crescem pelos animais de pastoreio.
Neste tipo de culturas, o pisoteio efetuado pelos animais de pastagem condiciona muito o sistema de culturas a adotar. Deve ter em atenção que as pastagens devem ter características-chave relacionadas ao seu aproveitamento, tais como: aptidão para o consumo em fresco, resistência ao pisoteio, persistência, substâncias anti-nutricionais (limitam a ingestão), entre outras. Quer conhecer 5 informações-chave que podem fazer toda a diferença na produtividade e qualidade das suas pastagens? Então, continue a ler este artigo.
Conheça 5 informações-chave sobre as pastagens
1 . Classificação das pastagens: espontâneas vs permanentes
As pastagens podem ser classificadas como pastagens naturais ou espontâneas quando são constituídas por espécies que asseguram a sua presença e que foram introduzidas pelo Homem através de sementeira.
Por outro lado, quando as pastagens ocupam o terreno durante períodos longos de tempo, ou seja, durante tantos anos quantos os que o do seu bom potencial quantitativo, qualitativo e capacidade de persistência permitem, denominam-se por pastagens permanentes.
É importante realçar que as pastagens permanentes não possuem uma duração fixa em termos de número de anos, não estão em rotação com outras culturas e quando o seu potencial e persistência se perdem, são normalmente melhoradas ou substituídas por outra pastagem semeada.
As pastagens temporárias estão normalmente incluídas em rotações com outras culturas agrícola, tendo por isso uma duração mais curta e variável, factores que dependem como é óbvio dos objetivos e critérios adotados para a rotação.
2. Regime hídrico das pastagens: regadio vs sequeiro
No que diz respeito ao regime hídrico, as pastagens podem ser classificadas em pastagens de sequeiro se apenas beneficiam para a sua produção agrícola, da água que é oriunda da precipitação que ocorre. Em condições Mediterrâneas, devido à sua escassez e irregularidade, interferem no seu potencial produtivo(limitando-o) e nas épocas de utilização.
Contrariamente, o regadio permite através do fornecimento de água, a constituição de pastagens de regadio que utilizam espécies com características totalmente diferenciadas quando comparadas com as pastagens de sequeiro, garantindo uma oferta alimentar substancialmente superior e mais regular ao longo do ano.
3. Principais culturas utilizadas como pastagens
Existe uma grande variedade de espécies e cultivares de leguminosas e gramíneas com uma boa plasticidade na adaptação às condições edafo-climáticas das regiões Mediterrânicas e com interesse para a constituição de misturas a utilizar no melhoramento e instalação de pastagens nessas regiões. Dentro do grupo das leguminosas podemos destacar as culturas do trevo, luzerna e serradela. No grupo das gramíneas, as principais culturas utilizadas para pastagem são o azevém, panasco e festuca. Para saber mais sobre as principais espécies utilizadas, veja o quadro abaixo.
Fonte: Domingos Almeida · Aulas de Produção Primária · 2005, disponível em: http://dalmeida.com/ensino/prodagricola/forragens.pdf
4. Temperatura, humidade e tipos de solo
A temperatura e a humidade são dois exemplos dos principais fatores que deve ter em consideração quando decidir produzir pastagens. Por serem culturas de Outono-Inverno, e devido às baixas temperaturas que se fazem sentir durante esse período, a atividade vegetativa destas é praticamente inexistente. O pleno crescimento deste tipo de culturas ocorre principalmente a partir do início da Primavera e mantêm-se até ao final do Verão, quando os grãos atingem a maturação. No início do Outono, e caso se verifique humidade no solo, dá-se início a um novo ciclo (só herbáceo) que termina com a diminuição das temperaturas.
Relativamente ao tipo de solo, as pastagens preferem solos com boa fertilidade e profundidade, bem estruturados com textura adequada (deve evitar solos com textura ligeira). Relativamente à acidez no solo, as pastagens estão mais adequadas a solos com pH entre 5,5 e 7.
5 . Necessidades nutricionais das pastagens
Assegurar uma fertilização adequada é fundamental para suprimir as necessidades nutricionais das pastagens. No que diz respeito aos macronutrientes, o azoto é fundamental para permitir o desenvolvimento inicial das plantas, o bom afilhamento, encanamento e a diminuição do aborto floral. O azoto permite também assegurar a maturação do grão, mas cuidado com as quantidades que aplica! O excesso de azoto potencializa os riscos de acama e o aparecimento de doenças e pragas nas plantas, entre outros fatores. No que diz respeito ao fósforo, este nutriente é muito importante para as pastagens pois permite um bom desenvolvimento radicular das plantas e promove o afilhamento (ato da planta “dar filhos” ou rebentos), promovendo um bom arranque das plantas, no início do ciclo vegetativo. Já o potássio tem um papel muito importante na nutrição das pastagens pois ajuda a minimizar os efeitos das deficiências hídricas e aumenta a resistência das plantas ao frio e acama, assim como previne o aparecimento de vários problemas fitossanitários. No entanto, deve evitar a sua aplicação em excesso, pois pode causar desequilíbrios nutricionais com outros nutrientes como o cálcio e o magnésio.
Estes últimos nutrientes são extremamente importantes pois desempenham um papel fundamental na qualidade nutritiva da pastagem.
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Como garantir a fertilização das pastagens adequada?
A ADP Fertilizantes acabou de lançar um produto novo: o NERGETIC P24 ZIMACTIV. Este fertilizante fosfatado (24 % P2O5) imediatamente disponível, é enriquecido com enxofre (19 % SO3), protegido pelo polímero regulador da tecnologia C-PRO e potenciado pela tecnologia Zimactiv. Dessa forma, permite que o fósforo, o enxofre e também o azoto no solo e na planta sejam melhor aproveitados, garantindo produções mais elevadas e de melhor qualidade. A Tecnologia ZIMACTIV além de ativar a atividade enzimática relacionada com o metabolismo azotado, aumenta indiretamente a atividade enzimática das fosfatases do solo, promovendo assim um maior aproveitamento do fósforo orgânico. A maior eficiência do metabolismo azotado das culturas promove uma melhor e mais rápida mineralização da matéria orgânica dos restolhos e resíduos vegetais do solo, ativando o ciclo de nutrientes.