Olá! Espero que se encontrem bem! Surgem frequentemente questões feitas por vocês sobre a temática da fertilização e como podemos otimizar de forma eficaz as fertilizações azotadas (muitas vezes excessivas). Neste artigo vou partilhar convosco informações úteis sobre (1) os fertilizantes e sua utilização, (2) tipos de adubos e suas principais características e (3) quais os efeitos que uma fertilização azotada excessiva pode provocar, assim como (4) alternativas comerciais biológicas para as reduzir.
Se a temática da fertilização lhe interessa, continue a ler este artigo pois certamente vai ser útil.
O que deve saber sobre os fertilizantes e as suas funções
É um princípio básico que para as culturas se desenvolverem corretamente necessitam de ter disponíveis os nutrientes que necessitam.
Estes nutrientes acabam por ser absorvidos pelas plantas, essencialmente a partir do solo, através do seu sistema radicular.
Existem nutrientes que são considerados essenciais para o desenvolvimento das culturas, dado que, caso estejam ausentes, as plantas podem muitas vezes não ser capazes de completar o seu ciclo de vida. Alguns nutrientes possuem funções que se revelam insubstituíveis mesmo com a presença de outros elementos minerais.
Dentro dos nutrientes considerados essenciais, destaco os macronutrientes e os micronutrientes.
Os macronutrientes são todos os nutrientes que a planta necessita em maiores quantidades, e que são variáveis de cultura para cultura. Neste grupo de nutrientes estão presentes o azoto (N), o fósforo (P) e o potássio (K). A designação de “macronutrientes” dada a estes elementos deve-se ao facto de serem absorvidos em grandes quantidades e muitas vezes, o teor destes presente no solo é insuficiente. Por essa razão, recorre-se à fertilização para colmatar possíveis carências nutricionais. Existe ainda o “grupo” dos macronutrientes secundários do qual fazem parte os elementos cálcio (Ca), magnésio (Mg) e o enxofre (S).
Os micronutrientes são, por sua vez, os nutrientes que as plantas absorvem em quantidades reduzidas e que, quando absorvidos em quantidades superiores, podem causar intoxicações às plantas. Há quem considere os micronutrientes como as “vitaminas” das plantas fazendo parte deste grupo elementos como o boro (B), molibdénio (Mo), cloro (Cl) ferro (Fe), zinco (Zn) manganês (Mn), cobre (Cu) e níquel (Ni).
Considera-se que um solo é fértil quando consegue fornecer às culturas os nutrientes que estas necessitam para se desenvolver de forma adequada, tendo em vista o seu equilíbrio. Quando um solo não consegue garantir este fator é necessário recorrer à fertilização.
Os fertilizantes caracterizam-se assim por serem substâncias que se aplicam ao solo e/ou parte aérea das plantas de forma a garantir a sua nutrição e também o aumento de produtividade das culturas.
Estes atuam essencialmente de duas formas distintas: diretamente (fornecendo às plantas os nutrientes que estas necessitam) e indiretamente (melhorando as condições do meio onde as plantas se estão a desenvolver e atuando sobretudo na correção dos solos).
Os fertilizantes podem ainda subdivir-se em adubos e corretivos.
Os adubos atuam essencialmente na nutrição das plantas com o objetivo de melhorar e aumentar a sua produtividade. Podem ser simples ou compostos, sólidos ou líquidos e encontrar-se sobre diversos estados de assimilação no solo (simples, azotados, fosfatados, potássicos, etc..).
Já os corretivos atuam sobretudo na melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, exercendo cumulativamente um efeito fertilizante. Os corretivos podem classificar-se como orgânicos ou minerais.
O papel do azoto na planta e no solo
Tal como já abordado nos tópicos anteriores deste artigo, o azoto é um dos elementos que necessita de ser fornecido às plantas em maiores quantidades. Este pode ser encontrado no solo sobre a forma orgânica ou na forma mineral.
Caso esteja disponível sob a forma orgânica, as proteínas acabam por estar mais bio disponíveis. Na forma mineral, o azoto pode ser absorvido pelas plantas ou pelos microrganismos, podendo ser fixado biologicamente, absorvido no complexo da troca catiónica do solo (na forma amoniacal), ou acabar por se perder para a água subterrânea ou atmosfera.
Especialmente os fertilizantes azotados, apesar de serem caracterizados por provocarem um aumento de produtividade e terem associado um custo relativamente baixo, podem causar graves prejuízos quando usados de forma excessiva e indevida. Apesar de ser um dos nutrientes mais importantes para a planta, o azoto é infelizmente um dos que mais tende a ser utilizado indevidamente. Como se trata de um macronutriente com elevada mobilidade e que se pode apresentar nas mais diversas formas, acaba por contribuir para a poluição das linhas de água, devido à sua transformação em nitratos. Estes, acabam por ser facilmente “arrastados” pelas águas através do processo de lixiviação.
Este processo acaba por originar consequências várias desde a destruição dos solos e até a uma diminuição da qualidade dos produtos agrícolas produzidos (afetando a saúde humana).
Ainda no que diz respeito às consequências do excesso de azoto nos solos e posteriormente nas águas por lixiviação, é impossível dissociar estas consequências da eutrofização. Embora a eutrofização não seja apenas causada pelo excesso de azoto, mas também de fósforo, acaba por provocar um aumento da produtividade ocasionado, principalmente, pela proliferação excessiva de algas. Estas algas podem originar a produção de toxinas, e a contaminação de todo o ecossistema aquático, entre outros problemas associados. De ressalvar também que, mesmo que não produza toxinas, essa proliferação excessiva de algas pode causar muitos problemas.
Como reduzir eficazmente as fertilizações azotadas?
Conscientes desta problemática, cada vez mais empresas agrícolas associadas à nutrição das plantas têm desenvolvido soluções biológicas que não comprometam a fertilidade do solo.
No que toca à fertilidade biológica do solo, especialmente no modo de produção biológico, a disponibilidade de nutrientes como o azoto depende fortemente da biologia da terra que está a ser cultivada. Isto acontece porque, neste modo de produção [biológico], não é possível aplicar adubos de síntese quando as culturas apresentam maiores necessidades de azoto.
Nestes casos, é imprescindível garantir a presença abundante de microrganismos decompositores de matéria orgânica, microrganismos simbióticos (ex: rizóbio), micorrizas bem como microrganismos supressivos de doenças das culturas.
Este tipo de microrganismos possuem um papel imprescindível na decomposição, degradação de nutrientes, estabelecimento de relações simbióticas, controlo de microrganismos patogénicos, entre outros.
A utilização do BlueN como solução
“Mas como posso eu garantir a presença destes microoganismos benéficos nas minhas culturas?”, deve estar a questionar-se. Através do BlueN, da Hubel Verde.
O BlueN possui uma estirpe exclusiva da bactéria Methylobacterium symbioticum SB23, que atua como “uma fixadora de azoto”, colonizando rapidamente a filosfera da planta desde as primeiras fases de desenvolvimento. Por se caracterizar pela sua elevada capacidade de fixação de azoto atmosférico e efeito estimulante do desenvolvimento da planta, permite uma maior eficácia no aporte de azoto à planta sem recorrer à aplicação de fertilizantes azotados em excesso. Além disso, o BlueN é bastante eficaz para uma agricultura mais sustentável ao permitir que os produtores aumentem a rentabilidade das suas culturas sem impacto ambiental.
Mas as vantagens não ficam só por aqui. O BlueN possui ainda um efeito positivo na fisiologia das plantas uma vez que retarda o envelhecimento das células vegetais e prolonga sua vida fotossintética efetiva. Simultaneamente, promove o crescimento das raízes e permite que a planta tenha melhor acesso a nutrientes e água. Além disso, o BlueN contribui para a melhoria da qualidade e da vida pós-colheita dos frutos, aumentando o rendimento das culturas.
Ao permitir o fornecimento de azoto através de meios biológicos, a sua utilização permite estabilizar o funcionamento ecológico e a produtividade dos ecossistemas.
O BlueN (produto resíduo zero) é classificado como umproduto utilizável em Agricultura Biológica de acordo com o Regulamento (CE) nº 834/2007 do Conselho e o Regulamento (CE) nº 889/2008 da Comissão, relativos à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos.
Pode ser utilizado nas seguintes culturas: arvenses de inverno e verão, citrinos, abacates e dióspiros, cucurbitáceas, frutos secos, kiwi, leguminosas, proteaginosas e oleaginosas, olival, pequenos frutos, pomóideas, prunóideas, tomate e pimento para indústria, vinha, etc.
Espero que tenha gostado deste artigo!
Ficou interessado em experimentar o BlueN nas suas culturas?
Conte-me nos comentários a sua opinião sobre a utilização de bactérias como a Methylobacterium symbioticum SB23 para a fixação biológica de azoto.
*Artigo patrocionado pela Hubel Verde