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Conheça 6 das principais pragas que atacam os limoeiros e como tratar

Pragas nos limoeiros: um verdadeiro problema

Olá! Espero que se encontrem bem! Certamente grande parte de vocês tem um limoeiro em casa dada a infinidade de pratos culinários onde o mesmo pode ser incluído. Dá sempre jeito ter um limoeiro por perto, não é? O que devem concordar comigo é que não dá mesmo jeito nenhum é que este seja atacado por pragas! Também vos acontece isto? Neste artigo, partilho convosco 5 pragas nos limoeiros muito comuns. Curioso(a) por saber quais são? Então continue a ler este artigo!

Afídeos

As pragas de afídeos mais conhecidas como piolho são das mais comuns nos limoeiros. Causam estragos essencialmente nas folhas, rebentos e botões florais. O piolho negro nos citrinos causa o enrolamento das folhas e o piolho verde (espécies mais nociva) causa o seu encarquilhamento. Se não se agir a tempo, as folhas acabaram por cair antes do tempo, proporcionando o aparecimento de fumagina, além de que leva à redução da taxa fotossintética assim como da transpiração.

Os ataques dos afídeos nos rebentos levam a um atraso no desenvolvimento, morte das jovens árvores e à transmissão do vírus.

Já os ataques dos afídeos nos botões florais levam a um atraso na floração.

Deve prestar especial atenção a esta praga durante os meses de abril a junho, observando os seus limoeiros com uma periodicidade semanal. É durante este período que ocorre a rebentação, sendo os rebentos novos e os botões florais aqueles que os afídeos mais atacam.

De maneira a prevenir o seu aparecimento, deve fertilizar de forma moderada, evitando quantidades de azoto em excesso pois pode promover demasiado o seu vigor.

Pode também plantar sebes ao redor do local onde tem os seus limoeiros de forma a promover o aumento da população dos inimigos naturais.

Quando decidir tratar os limoeiros, utilize pulverizadores que não tenham uma projeção muito alargada de forma a tratar com precisão o problema, atingindo diretamente os afídeos.

pragas nos limoeiros

Psila

A psila africana dos citrinos, está registado como um organismo de quarentena da Organização Europeia de Proteção das Plantas. Foi observada pela primeira vez em 1994 na Madeira e mais tarde nas Canárias em 2002.

Atualmente, a sua propagação na região do litoral tem sido muito proeminente sendo por isso aplicadas muitas medidas como por exemplo: a criação de zonas de quarentena e locais interditos à comercialização e troca de plantas.

O inseto que causa esta praga possui dimensões muito reduzidas e apresenta coloração verde clara na fase de emergência tornando-se posteriormente castanho escuro, atuando como picador-sugador. Esta praga incide especialmente em citrinos como limoeiros, laranjeiras, tangerineiras, toranjeiras, entre outros.

As plantas infetadas apresentam alguns sinais tais como folhas distorcidas com uma coloração amarelada e galhas abertas, causando significativos estragos.

A época do ano onde esta praga costuma aparecer situa-se entre março a outubro, observando semanalmente. Esta praga tem tendência a atacar órgãos em desenvolvimento pelo que é necessário observar as suas fruteiras regularmente.

Para prevenir o seu aparecimento deve evitar realizar podas muito exageradas, assim como fertilizações e regas em demasiada. Este tipo de práticas culturais pode promover um vigor excessivo o que pode trazer consequências muito negativas.

Ácaros

Os ácaros caracterizam-se por ser um subclasse de aracnídeos que é constituída por inúmeras espécies. Facilmente podemos encontrá-los em habitats muito distintos d são responsáveis por produzir estragos principalmente nas folhas, frutos e rebentos.

De entre os ácaros com presença mais comum nos citrinos, destaco: ácaro vermelho dos citrinos (Panonychus citri), ácaro oriental dos citrinos (Eutetranychus orientalis) e o aranhiço vermelho (Tetranychus urticae), entre outros. Para se desenvolverem, os ácaros precisam de encontrar condições favoráveis para tal, preferindo geralmente temperaturas muitas altas e reduzida humidade. Ou seja, as épocas mais quentes do ano como no Verão será uma época mais propícia ao seu desenvolvimento podendo ocorrer grandes ataques aos limoeiros.

Os eriofídeos são um tipo de ácaros de reduzidíssimas dimensões( será necessário uma lupa para os observar) que facilmente são visíveis a olho nu e que provocam estragos principalmente em rebentos e frutos. Já os tetraniquídeos, ácaros de maiores dimensões, provocam perda de cor ou manchas nos frutos e até mesmo afetar o seu tamanho caso o ataque seja feito precocemente.

Tal como tenho vindo a defender, a melhor forma de combater o aparecimento de uma praga é através de métodos preventivos. Por isso, adote práticas culturais sustentáveis que permitam manter um rega adequada consoante as condições climáticas e as necessidades das plantas. Evite fertilizações excessivas de forma a evitar o desenvolvimento de vigor excessivo e promova a biodiversidade da parcela onde tem as fruteiras para permitir o aparecimento de predadores naturais que permitem controlar de forma natural o aparecimento de pragas.

Tome especial atenção ao aparecimento desta praga nos meses de Maio a Setembro, que correspondem a períodos onde as temperaturas acabam sempre por serem mais altas.

Como combater ácaros brancos no limoeiro - Revista Globo Rural | GR Responde
Ácaros brancos no limoeiro. Fonte da imagem: Revista Globo Rural-Globo, disponível em: https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr-responde/noticia/2020/06/como-combater-acaros-brancos-no-limoeiro.html

Cochonilhas

As cochonilhas são pragas frequentes em pomares (aparecem frequentemente em pomares de citrinos) e  provocam prejuízos directos uma vez que sugam a seiva das plantas.

Devido a este ataque nas plantas, tornam-nas mais fracas e indirectamente, levam à produção da melada que excretam e da fumagina que também se desenvolve sobre elas.

Existem vários tipos de cochonilhas: cochonilha-algodão, cochonilha-negra, cochonilha-cerosa, cochonilha australiana e cochonilha-vírgula.

Saiba mais sobre cochonilhas aqui.

Como método preventivo observe semanalmente os seus limoeiros especialmente nos meses de março a outubro. Limpe e pode os limoeiros nas épocas indicadas de maneira a promover o arejamento da copa e a uma maior eficácia dos tratamentos fitossanitário permitindo a penetração das caldas usadas para curar.

Uma solução com óleo de neem também é muito adequada para o combate à cochonilha. Pode adquirir este óleo em lojas de jardinagem, hortos e por vezes, drogarias.

Saiba mais sobre o óleo de Neem aqui.

Cochonilha lapa

Lagarta mineira

Um das pragas nos limoeiros mais comuns é a lagarta mineira. Esta praga caracteriza-se por ser uma larva de reduzidas dimensões com tonalidades verdes e acastanhadas.

Estas lagartas fazem a postura dos ovos perto da nervura central das folhas, normalmente na parte inferior, criando uma espécie de galeria que vai aumentando de comprimento e largura ao longo do tempo.

Atacam sobretudo as plantas mais jovens e “tenras” que possuem lançamento mais vigorosos.

Como consequência deste ataque, os limoeiros acabam por enfraquecer e o seu crescimento acaba por atrasar devido à destruição do seu sistema foliar.

A lagarta mineira aparece essencialmente durante os meses de março a outubro pelo que deve observar os seus limoeiros com a maior regularidade possível (pelo menos semanal).

Como forma de prevenção, faça fertilizações moderadas, evite podas excessivas, regas abundantes de forma a evitar o crescimento vigoroso destas fruteiras. Elimine os ramos-ladrão do tronco na altura da poda.

O tratamento contra esta praga nos limoeiros deve ser iniciado quando aparecerem as primeiras lagartas mineiras.

Se optar pelo luta biológica, utilize predadores generalistas (crisopas) e parasitoides.

Caso opte pela luta química, evite a utilização de produtos de largo espectro de
ação. Concentre a sua aplicação dirigida aos rebentos. Poder-se-ão utilizar inseticidas à base de abamectina ou de tiametoxame, com intervalos estipulados de acordo com a intensidade dos ataques e a época em que se realizam os tratamentos de forma a que sejam cumpridas todas as normas de segurança e proteção nas plantas.

Mosca do Mediterrâneo

A mosca do mediterrâneo também conhecida como mosca da fruta é um insecto díptero que pertence à família Tephritidae.

Acabou por se difundir de forma bastante pronunciada pelo mediterrâneo e provoca graves ataque em grande parte das fruteiras inclusive é uma pragas nos limoeiros embora não tão suscetível quando comparada às laranjeiras, toranjas ou clementinas.

Os seus ovos têm uma forma elipsoidal ligeiramente alongada com uma tonalidade esbranquiçada que acaba depois por se tornar amarelada.

Os principais estragos que causam são as picadas nos frutos assim como a presença de larvas nos frutos.

Para a combater, pode aplicar diferentes tipos de tratamentos.

Se optar por uma luta biológica, pode optar por largadas inoculativas de Diachasmimorpha longicaudatus, Opius humilis ,Opius concolor, D. longicaudatus. Os resultados destes tratamentos biológicos são especialmente interessantes quando a população da praga é ainda baixa.

Se optar pela luta química, pode usar vários insetisidas. Se sentir a necessidade de usar um insecticidade de largo espectro faça-o usando uma pulverização UBV ao solo juntamente com proteína hidrolisada.

Pode recorrer também a uma luta autocida (biotécnica) usando como método a captura em massa com feromonas (atractivo).
A luta cultural é também importante para combater este praga nos limoeiros sendo importante que garante sempre a saúde e higiene do seu pomar, fazendo podas, eliminando frutos doentes, removendo plantas infestantes, etc.

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