Artigo de opinião de José Pena, Técnico Superior de Mecanização e Automação Agrícola
A minha “aventura” e entrega ao associativismo é recente mas muito completa e de enorme dedicação. Em 2017 fui nomeado Diretor do Programa de Intercâmbio na Associação de Estudantes de Agricultura e Ciências Similares – Comité Ponte de Lima, e já em 2018 fui eleito Diretor Local do mesmo movimento. Ainda em 2018 a causa associativista ganhou maior destaque quando fui nomeado Relator do Conselho Fiscal da Associação Árvore Viva, sediada na freguesia de Árvore, e que aposta na dinamização desta freguesia do concelho de Vila do Conde.
Associativismo é uma expressão que pode designar uma prática social de gestão ou defesa de determinada apologia sem a obtenção de finalidades comuns ou lucrativas. Quando alguém dedica parte da sua vida a esta prática faz parte de uma organização ou movimento de pessoas, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos para a realização de um objetivo comum, estando assim feita a definição de associação.
Existe muitas associações, com enorme papel humano e cívico, que operam em muitas áreas de extrema importância para a sociedade, mas destaco o associativismo agrícola como uma área de destaque e na qual a agricultura portuguesa tem que se “associar” e moldar.
Uma “Associação Agrícola” agrupa agricultores ou outros profissionais agrícolas empenhados no desenvolvimento de atividades de âmbito agrícola e pretendam ter representação, defesa e promoção dos seus interesses sócio-agrários. Nunca a junção e união de serviços ou produtores agrícolas foram tão importantes para assegurar uma organização e voz única para enfrentar os problemas que surjam ou as injustiças que nunca desaparecem sob a agricultura.
Para além disso existem três tipos distintos de associações: as associações socioprofissionais, que têm como objectivo e funções defender os interesses sociais e profissionais dos agricultores, as associações socioeconómicas em que já se inclui a “vertente económica”, como sejam as cooperativas agrícolas e por fim as associações de fileira em que se juntam os vários intervenientes – Produção, Transformação, Indústria e Comércio.
O associativismo agrícola é uma alternativa necessária para a viabilização das atividades económicas, contribuindo para a participação organizada e com melhores condições de vida e de produção para os agricultores, sobretudo os de áreas desfavorecidas ou com menor atividade produtiva. Este permite e deve capacitar competitivamente as empresas agrícolas a partilhar recursos, mediar riscos ou oportunidades e ainda coordenar profissionais agrícolas para sociedade.
Gostava de partilhar com os jovens, estudantes agrícolas como eu, o papel importante que temos para a dignificação agrícola e na defesa dos interesses com vista à melhoria do rendimento, condição social e á promoção e defesa dos direitos laborais: o futuro é nosso, devemos capacitar-nos para este se preze pelo sucesso e um modelo de paixão pela agricultura.
Bem sabemos o negócio agrícola não é de todo fácil nem deve ser comparado a outros pelo risco e variáveis dependentes que a ele estão ligadas mas invistam a pensar a longo prazo e mediados por estratégias eficientes, com a vossa capacidade técnica aperfeiçoada e cientes que o caminho não começa nem será, de todo fácil.