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Especialistas ibéricos em flores e plantas ornamentais debatem futuro do setor nos dias 12 e 13 de outubro em Coimbra

A produção de flores e plantas ornamentais vale 600 milhões de euros e gera 5000 postos de trabalho em Portugal. Apesar do crescimento da procura com a pandemia, o país tem um dos consumos per capita de flores e plantas mais baixos da Europa e enfrenta múltiplos desafios para se manter competitivo, desde a falta de água e as alterações climáticas, à escassez de mão de obra especializada, ao aumento dos custos de produção.

As 8as Jornadas Ibéricas de Horticultura Ornamental realizam-se nos dias 12 e 13 de outubro de 2023, na Escola Superior Agrária de Coimbra, para analisar os desafios da produção deste setor e propor soluções validadas pela Ciência, tais como a edição genética de plantas, ou técnicas agronómicas para produzir de forma mais sustentável, utilizando menos água, pesticidas e adubos, no contexto das alterações climáticas e do Pacto Ecológico Europeu.

A organização das Jornadas é liderada pela Associação Portuguesa de Horticultura, em parceria com a Escola Superior Agrária de Coimbra e a Sociedade Espanhola de Ciências Hortícolas, e tem o apoio da APPPFN-Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais e da Associação Portuguesa das Camélias.

O confinamento no período Covid levou a um crescendo da importância das plantas e flores para o consumidor final, que tem vindo a procurar cada vez mais produtos sustentáveis, seja ao nível de métodos de produção, como de comercialização. Neste contexto, as Jornadas darão nota dos benefícios da certificação no cultivo de plantas ornamentais em Portugal.

Os benefícios dos espaços verdes em contexto urbano para o bem-estar das populações e para a melhoria do ambiente estão cientificamente comprovados. A mesa-redonda ‘Gestão de Espaços Urbanos, Paisagísticos e Turísticos’ reunirá um painel de especialistas que analisarão a importância das flores e plantas ornamentais neste contexto e à luz das suas áreas de atividade: investigação, produção de flores e plantas, arquitetura paisagística, manutenção e requalificação de estruturas verdes e turismo.

O programa das Jornadas inclui, no dia 12 de outubro da parte da tarde, visitas técnicas a duas empresas:  a MariFlores, produtora de ericas e azáleas, em Mira, e a Planalto das Agras, especialista na produção de antúrios e de kiwi, em Vagos.

Estas Jornadas têm como objetivo promover a partilha do conhecimento, ampliando a comunicação entre especialistas, investigadores, estudantes, produtores nacionais e internacionais na área das flores e plantas ornamentais, e pretendem também contribuir para o desenvolvimento de estratégias que promovam a aplicação de boas práticas ambientais, tendo em vista a otimização da produção e a sua sustentabilidade.

A fileira da Horticultura Ornamental gera uma receita anual de 22 099 milhões de euros na União Europeia. A nível mundial, estima-se que em 2027, só o mercado das flores de corte atinja um valor global de 45 mil milhões de euros.

 

Programa e inscrições no site das Jornadas: https://aphorticultura.pt/eventos/8JIHO/

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