Fonte: Agricultura e Mar
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Dezembro, apontam para um aumento de 25% na produção de azeitona para azeite, que deverá ultrapassar as 900 mil toneladas, uma das maiores desde que se dispõe de registos sistemáticos.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Janeiro de 2020, do INE, a colheita da azeitona tem decorrido de forma distinta nas duas principais regiões produtoras.
Trás-os-Montes
Em Trás-os-Montes (cujos olivais produziram, em 2018, 15% do total da azeitona para azeite), a ocorrência de ventos fortes e ataques intensos de mosca da azeitona provocaram a queda de uma parte considerável dos frutos (com poucas probabilidades de serem aproveitados) o que conduzirá previsivelmente a uma diminuição da produção nesta região.
Alentejo
Por oposição, no Alentejo (que, também em 2018, produziu cerca de ¾ do total da azeitona para azeite), a precipitação de Dezembro não condicionou a colheita mecânica da azeitona nos olivais intensivos e super-intensivos, nem afectou o estado sanitário dos frutos (que, na maioria dos olivais, são em quantidade superior à da campanha anterior).
Em termos globais, e considerando ainda o impacto da entrada em produção de novos olivais, as previsões são de aumento da produção de azeitona para azeite (+25%, face a 2018), ultrapassando as 900 mil toneladas e posicionando esta campanha como uma das mais produtivas dos últimos oitenta anos, salientam os técnicos do INE.
Quanto à azeitona de mesa, a produção deverá alcançar as 18 mil toneladas (+35%, face a 2018).