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Produtores de leite denunciam nova descida do preço. Em 5 meses leite desceu 11 cêntimos por litro à produção

Os produtores de leite associados nas cooperativas agrupadas na Lactogal foram informados da descida de três cêntimos por litro de leite a partir do próximo dia 1 de outubro, “atendendo à evolução do mercado do leite e lacticínios”. Outro comprador anunciou a descida de 2 cêntimos por litro.

Em cinco meses, o preço aos produtores já desceu cerca de 11 cêntimos por litro, sem se registar idêntica descida nos custos de produção. Pelo contrário, subiu o custo do gasóleo, das sementes e da palha para os animais.

Esta descida, anunciada uma semana após a divulgação do Estudo da Cadeia de Valor do leite UHT, é um exemplo prático da principal conclusão que o referido estudo demonstrou: indústria e distribuição mantêm sempre margem positiva e quando há prejuízo é sempre dos produtores. Esta descida prova que é necessário tomar medidas concretas para alterar a realidade retratada nesse estudo.

Esta semana, também o EMB, European Milk Board, a associação de produtores de leite europeus onde está filiada a APROLEP, alertou para “a terrível situação do mercado dos lacticínios no que respeita aos preços do leite” e apelou à UE para que “acorde finalmente e acione algumas medidas de emergência para evitar que o mercado europeu do leite entre em colapso”, nomeadamente, ativando a “redução voluntária da produção” e compensando os produtores que adiram a esse programa.

O EMB alertou que os preços estão a cair nos Estados-Membros da UE e os produtores estão a ser forçados a fechar as portas. A Europa fica a perder, tanto económica como socialmente, se as vacas deixarem de ser criadas nas zonas rurais e as empresas agrícolas não puderem manter-se em atividade. “A agricultura é a base das regiões rurais e, sem ela, as zonas rurais entram em colapso”.

A APROLEP reitera a proposta do EMB de “Ativar a redução voluntária da produção a nível da UE AGORA, e pagar aos agricultores preços justos para que não haja mais empresas agrícolas a falir, as zonas rurais permaneçam dinâmicas e a UE tenha uma segurança de abastecimento estável”.

Quantos mais produtores terão de abandonar a atividade até haver ações concretas para que a produção possa receber um valor que cubra os custos e não sejam sempre os mesmos a suportar os lucros da indústria e distribuição?

 

A Direção da APROLEP

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