Artigo adaptado da Circular nº 01 de 2021, da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho
1 – http://portal.drapnorte.gov.pt/servico/fitossanidade/avisos-agricolas
CANCRO BACTERIANO
Pseudomonas syringae
O cancro bacteriano ataca e destrói os raminhos novos, causando perdas imediatas e enfraquece as árvores a curto prazo.
Durante o inverno, devem ser tomadas as necessárias e indispensáveis.
MEDIDAS CULTURAIS E PREVENTIVAS
Plantar os pomares novos em zonas protegidas das geadas.
Não replantar árvores junto de árvores afetadas pelo cancro bacteriano.
Reduzir as fertilizações azotadas e eliminar a aplicação tardia de fertilizantes.
Corrigir a acidez do solo, tanto em pomares novos, como em pomares em produção (solos ácidos são favoráveis ao cancro bacteriano). O corretivo calcário deve ser calculado de acordo com os resultados de análise de terra e fracionado em vários
anos.
Retirar dos pomares e queimar as árvores e/ou ramos afetados pelo cancro bacteriano.
CANCRO DE FUSICOCCUM
Fusicoccum amygdali
É uma doença grave das prunóideas, causada por um fungo que origina a morte dos raminhos de um ano e dos rebentos do ano.
Recomenda-se a aplicação, antes da rebentação, de um fungicida à base de cobre, contra
esta e as outras formas de cancro nas prunóideas.
MEDIDAS CULTURAIS E PREVENTIVAS
Durante a poda, eliminar os ramos atingidos pelo cancro.
Reduzir as adubações azotadas ao necessário, calculando de acordo com os resultados
de análise de terra e distribuído em vários anos.
Não instalar sistemas de rega que molhem as folhas (aspersão, micro-aspersão). Preferir sistemas gota-a-gota.
DOENÇA DO CHUMBO
Chondrostereum purpureum
A doença do chumbo é frequente em pomares de pessegueiros, ameixeiras e cerejeiras na nossa região. Não tem tratamento conhecido, pelo que se aconselham:
MEDIDAS CULTURAIS E PREVENTIVAS
Evitar as podas de inverno e podar apenas em verde.
a seguir à floração nas variedades tardias
a seguir à colheita nas variedades precoces.
Arrancar e queimar as árvores mais gravemente atingidas.
Cortar os ramos das árvores parcialmente afetadas pelo chumbo – se o fungo ainda não tiver passado para o tronco, poderá salvar-se a árvore.
Utilizar uma pasta fungicida para desinfetar as feridas resultantes destes cortes.
LEPRA DO PESSEGUEIRO
Taphrina deformans
Acompanhe a evolução dos gomos foliares dos pessegueiros.
A eficácia do tratamento é maior quando aplicado precocemente, aos primeiros indícios do inchamento dos gomos foliares (Quadro 2).
Nesta fase, obtêm-se bons resultados com caldas à base de cobre (calda bordalesa).
COCHONILHA DE S. JOSÉ
Quadraspidiotus perniciosus
Ainda é cedo para aplicar um óleo parafínico (antigo óleo de verão) contra esta praga.
Nos pomares infestados, este tratamento deve ser feito ao aproximar-se o final do inverno, quando os gomos começam a inchar e com temperaturas superiores a 5o C.
Os óleos parafínicos também têm efeitos sobre os ovos hibernantes de afídios e de aranhiço vermelho.