Fonte: Agricultura e Mar
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, abriu hoje, 6 de Janeiro, um primeiro passo para uma reforma da actual Política Agrícola Comum (PAC), após o anuncio, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), que vai propor a retirada da proposta do Pacto Ecológico em reduzir a utilização de pesticidas em 50% até 2030.
“O relatório do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura na União Europeia deverá ser apresentado no final do Verão e será extremamente importante. Os resultados e recomendações deste diálogo serão discutidos no Parlamento e com os Estados-membros e constituirão a base da nossa futura política agrícola”, disse Ursula von der Leyen.
Segundo a presidente da Comissão Europeia, “os próximos meses não serão fáceis. Mas acho que temos uma oportunidade importante agora. É claro para todos nesta Assembleia que o nosso sector agroalimentar – começando pelas explorações agrícolas – necessita de uma perspectiva a longo prazo e de uma vontade de ouvir uns aos outros e de procurar soluções comuns. Precisamos evitar o jogo da culpa e encontrar soluções para os problemas juntos”.
Na sua intervenção, Ursula von der Leyen realçou ainda que o “sistema europeu de produção alimentar é único. Os produtos nos nossos supermercados reflectem a variedade das nossas culturas e tradições. A Europa dispõe dos alimentos mais saudáveis e da mais elevada qualidade do Mundo, graças aos nossos agricultores. Desempenham um papel central neste sistema e, claro, devem ser remunerados de forma justa por isso”.
“É verdade que prestamos um enorme apoio a este sector. A nossa Política Agrícola Comum é apoiada maciçamente pelo orçamento da UE. O dinheiro é importante – mas não é tudo. Recursos naturais saudáveis também são fundamentais para manter rendimentos elevados. Em particular, o solo fértil sempre foi a espinha dorsal da subsistência dos nossos agricultores. E sabemos que 60-70% dos solos na Europa estão actualmente em más condições. Podemos reverter essas tendências. E muitos agricultores estão a fazer exactamente isso. Mas nós precisamos fazer mais”, frisou.