Sábado, Abril 27, 2024

5 aspetos fundamentais que deve ter em conta na cultura da vinha

Hoje venho falar-vos sobre uma das minhas culturas permanentes favoritas: a vinha. Esta cultura é uma das mais representativas em Portugal e tem aumentado ao longo dos tempos.

A vinha é uma das culturas mais importantes no sector agrícola, no entanto existem alguns fatores que podem interferir nos bons resultados esperados.

Por exemplo: sabe que as vinhas com alguma idade, a utilização de castas não apropriadas, fertilizações insuficientes, pouca produtividade apresentada, dificuldade em mecanizar devido às vinhas estarem dispersas por parcelas de reduzidas dimensões podem ser alguns dos fatores que contribuem para os resultados aquém dos seus objetivos? Fique a conhecer neste artigo 5 dicas que deve ter em conta para garantir boas produções da sua vinha.

1-Conheça quais os principais cuidados com a vinha

Para garantir que a plantação da sua vinha tenha sucesso, é imprescindível que escolha um local bem exposto ao sol, caracterizado por ter verões longos, quentes e secos. Os solos onde são implementadas as vinhas devem ser “soltos” e leves, com uma boa drenagem e com pH alcalino. No entanto, é importante ressalvar que esta cultura se adapta bem a uma grande diversidade de solos.

No que diz respeito às condições climáticas, as vinhas suportam temperaturas baixas e situações de geada, no entanto, se pretende os melhores resultados possíveis deve fazer por instalar a sua vinha num local “abrigado” e orientado a Sul.

Quanto à rega, deve regar especialmente se a zona onde se encontra se caracteriza por períodos de seca mais significados.

Caso o clima onde se encontra se caracterize por ser ameno, com temperaturas suaves, a vinha poderá se desenvolver bem, suportando períodos de seca.

Deve evitar situações de humidade ao nível foliar.

A poda das videiras é também uma das práticas culturais mais importantes. É a partir desta operação que é possível orientar e guiar o seu crescimento vegetativo, concedendo assim a forma e suporte que esta cultura permanente necessita. Não descure também o controlo de plantas infestantes e controle também as pragas e doenças mais suscetíveis de aparecer nesta cultura.

2-Garanta a nutrição que a sua vinha necessita

A nutrição da vinha é uma das principais etapas a garantir para que a videira cresça e se desenvolva adequadamente, quer em termos vegetativos quer em termos produtivos.  

Quando a videira está nutricionalmente desequilibrada, acaba por se identificar facilmente alguns sintomas que, quando diagnosticados precocemente com visitas regulares à vinha, podem ser evitados ou minimizados.

Carências nutricionais em azoto, fósforo e potássio são das mais frequentemente identificadas.

A carência de azoto é uma das que mais se manifesta, especialmente no verão. Esta deficiência nutricional manifesta-se sobretudo com videiras pouco vigorosas e amarelamento das suas folhas.

A carência de fósforo manifesta-se habitualmente entre as fases da floração e o início da maturação, sendo um dos sintomas mais frequentes o avermelhamento dos pecíolos e das nervuras das folhas. 

Já as carências em potássio são essencialmente manifestadas nas folhas mais jovens, com o aparecimento de manchas amarelas ou vermelhas nas folhas. Estas, podem também apresentar deformações e cair mais precocemente. Além das carências de macronutrientes indicadas acima, é frequente se verificarem outras carências de micronutrientes tais como magnésio, boro, manganês e ferro, entre outros. Estas carências acabam por se manifestar essencialmente por perda de cor nas folhas e mau desenvolvimento dos ramos, mas outros sintomas podem ser desenvolvidos.

3-Saiba que tipos de fertilização pode aplicar à sua vinha

Existem vários tipos de adubações a aplicar na vinha consoante a fase e momento em que a vinha se encontra. Destaco os três tipos básicos de adubação da vinha: fertilização de fundo, de correção e a de manutenção.

3.1 A fertilização de fundo

A fertilização de fundo também designado com “à plantação “é uma das mais imprescindíveis para garantir uma boa reserva de nutrientes em profundidade antes da instalação de uma vinha. Para garantir que fornece a quantidade de nutrientes necessária para o desenvolvimento da sua vinha deve em primeiro lugar proceder à recolha de amostras do solo para perceber quais são as suas principais necessidades nutricionais e sugestões de fertilização mais adequadas.

Se o solo onde for implantar a sua vinha for pouco fértil, maiores serão as suas necessidades de adubação. Aconselho a que faça uma incorporação de um bom fertilizante adequado para este tipo de culturas, tal com o SIRO Vinha e/ ou o SIRO Agro3.

Este substrato com altos padrões de qualidade é adequado à instalação de bacelos, bacelos enxertados, assim como para uma fertilização equilibrada das videiras.

Devido à sua textura média, com elevada percentagem em matéria orgânica, aliada à sua componente nutricional rica em macronutrientes e oligoelementos estáveis e solúveis, proporciona uma nutrição prolongada e gradual ao longo do desenvolvimento das plantas.

O seu efeito de fertilizante organo-mineral natural faculta a estabilização do pH na zona radicular da planta, neutralizando a acidez ou a alcalinidade excessiva.

O seu enriquecimento em Potássio é de extrema importância, visto que, aumenta a qualidade das uvas.

Este substrato é enriquecido com uma fertilização mineral equilibrada que favorece a sua componente nutricional até 9 meses.

Saiba mais sobre a composição do SIRO Vinha aqui. O SIRO Vinha está também disponível em outros tamanhos (ex: big bag).

3.2 A fertilização de correção

Também pode ser feita outro tipo de adubação na vinha, a adubação de correção. Este tipo de procedimento é realizado para corrigir a fertilidade do solo e contribuir para repor os nutrientes absorvidos pela videira ao longo do ano. A adubação de correção só deve ser feita depois de serem analisados os resultados das análises do solo.  

3.3. A fertilização de manutenção

 Não deve também ser esquecida a adubação de manutenção ou também conhecida como adubação de produção. Esta é sobretudo realizada com a finalidade de repor os nutrientes extraídos pela planta, principalmente os macronutrientes. Os fertilizantes são incorporados no solo normalmente através de uma valeta/vala, entre as linhas das plantas de videira.

Sempre que possível, opte pela fertilização orgânica, exemplo: o SIRO Agro 4, pois irá contribuir para favorecer as características do solo (químicas, físicas e biológicas) e também, para a redução da quantidade de fertilizantes químicos.

4-Faça a correção do pH sempre que necessário

Por vezes acontece que os solos já são ácidos por natureza e por essa razão é necessário fazer a correção da sua acidez através da aplicação de calcário composto.

Mais uma vez, esta aplicação deve ser determinada com base dos resultados das análises do solo, sendo muitas vezes este parâmetro influenciado pelo seu teor de matéria orgânica.

5-Vindima: quem não gosta?

Quando chega o mês de setembro começa-se a pensar inevitavelmente nas vindimas, o momento em que iniciamos a colheita das uvas, o fruto do nosso trabalho. Mas qual o momento certo em que devemos fazer esta tarefa agrícola?

 O ideal é que as vindimas sejam determinadas pelo estado de maturação das uvas e muito importante, as condições climatéricas que se fazem sentir nesse momento.

Esteja por isso atento(a) ao estado de maturação dos seus cachos, para garantir a qualidade que espera alcançar e para a qual trabalhou antecipadamente.

Saiba que à medida que os cachos ficam maduros, a acidez dos seus bagos torna-se inferior, e o teor em açúcar que muitos procuram aumenta.

Faça sempre por vindimar em momentos em que não ocorra precipitação dado que a humidade absorvida pelos cachos de uvas será depois  transmitida ao vinho, diminuindo a sua qualidade.

Espero que tenham gostado deste artigo!

Até ao próximo 😉

*este artigo foi patrocinado pela SIRO Substratos Profissionais.

acientistaagricola
acientistaagricolahttp://acientistaagricola.pt
Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões. 

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