Quinta-feira, Maio 2, 2024

Produtores florestais querem 10% do Fundo Ambiental para mitigação das alterações climáticas

Fonte: Agricultura e Mar

As seis federações de produtores florestais “exigem o reforço, a previsibilidade e a desburocratização do financiamento para as florestas e os territórios florestais e agroflorestais, que foi sistematicamente reduzido no domínio dos apoios públicos, assegurando que a verbas do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum] e do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] sejam realmente dirigidas para o sector e que haja um compromisso para que até a 2030 se possa dedicar anualmente 10% do Fundo Ambiental, cujo orçamento de referência são 1,4 mil milhões de euros, a políticas de mitigação das alterações climáticas, nomeadamente aos principais sumidouros de carbono que são os territórios florestais”.

exigência foi entregue em forma de Manifesto, no passado dia 19 de Fevereiro, aos representantes dos partidos candidatos às eleições legislativas antecipadas de 10 de Março de 2024.

O Manifesto foi assinado pelas seis federações de produtores florestais: Fenafloresta – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais, Forestis – Associação Florestal de Portugal, Fórum Florestal, Baladi – Federação Nacional dos Baldios, FNAPF — Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais e UNAC – União da Floresta Mediterrânica.

O documento foi entregue no Palácio Benagazil, sede da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, em Lisboa, no final de um debate conjunto com os partidos políticos sobre o futuro da floresta portuguesa, onde marcaram presença Pedro dos Santos Frazão (Partido Chega), Jorge Teixeira (Iniciativa Liberal), Maurício Marques (Aliança Democrática), Pedro do Carmo (PS) e Sara Lemos (PCP).

Adianta o mesmo Manifesto que “as Federações atribuem prioridade à definição de Programas Estratégicos Específicos para as principais fileiras florestais, com uma visão prospectiva no horizonte 2050, que permitam restaurar a confiança das partes interessadas, recuperar a dinâmica de investimento e a produção de matérias-primas a nível nacional, contribuir para o Roteiro da Descarbonização e para a Estratégia da Biodiversidade, promover a modernização e a inovação nos processos, nos produtos e na capacidade institucional”.

Por outro lado, diz o documento que “as Federações acompanham a elaboração dos programas de base regional e sub-regional do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, assumindo a necessidade de contribuir para o desígnio nacional de protecção das florestas e de redução do risco de incêndio, exigindo para isso políticas públicas que incentivem a gestão activa e a criação de valor, que assegurem a justa remuneração dos proprietários cujas terras sejam mobilizadas para a infra-estruturação primária de defesa da floresta contra incêndios e que promovam programas de intervenção e de financiamento compatíveis e ajustados aos objectivos e metas definidas para os projectos prioritários”.

Pode ler o Manifesto aqui.

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Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões. 

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