Como cultivar alho francês: truques básicos de cultivo

Olá! Espero que estejam bem! Neste novo artigo, venho falar-vos sobre a cultura do alho porro que é conhecido de forma mais usual por alho francês. Esta planta bienal é cultivada como anual e pertence à família das Liliáceas. Quer saber mais sobre esta cultura e saber como cultivar alho francês? Então continue a ler este artigo que certamente vai aprender algumas informações úteis.

como cultivar alho francês

 

 

Saiba mais sobre esta cultura

Tal referi no início deste artigo, o alho francês pertence à família das Liliáceas, cujo nome científico é  Ailium porrum, L.

As suas folhas, que são largas, lisas e com alguns centímetros de comprimento, são sobrepostas umas às outras e formam um caule chamado de talo. É este “pseudocaule” que é normalmente usado na culinária, podendo ser consumido quer cozido (em sopas, principalmente) mas também refogado ou cru.

Para garantir o bom desenvolvimento desta cultura, é necessário que algumas condições edafoclimáticas sejam garantidas. Para cultivar alho francês saiba que o clima ideal é um clima temperado e húmido, sendo uma planta bastante resistente às baixas temperaturas pelo que pode cultivá-la nas estações do ano mais frias. Quanto ao tipo de solos, esta cultura gosta de solos com uma boa drenagem, férteis, que sejam capazes de reter eficazmente a água e que não sejam demasiado ácidos. Devem também ter uma textura média e terem alguma profundidade. Se possível, faça por cultivar alho francês em terreno que tenha em que tenha sido previamente colocado estrume antes de iniciar o cultivo. Se possível cultive alho francês num terreno em que tenha cultivado anteriormente ervilha, favas ou alface e dessa forma aplique os conceitos da rotação de culturas.

O alho francês gosta de locais em que haja exposição solar direta pelos menos algumas horas por dia, no entanto também se adapta bem a condições de sombra parcial.

Como cultivar alho francês

Quando cultivar alho francês

Normalmente, inicia-se a sementeira do alho francês no inicio da primavera ( entre os meses de março e abril), no entanto, se o clima da sua zona não for muito agressivo pode cultivar alho francês ao longo de todo o ano.

Normalmente, inicia-se o cultivo do alho francês em viveiro e cerca de dois meses depois transplanta-se as plântulas para local definitivo. É muito importante ter em atenção que a germinação desta cultura apresenta por vezes alguns problemas, ocorrendo falhas na germinação. De forma a ter ” uma opção ” para as sementes de alho francês que não germinem, semeie mais quantidade de sementes do que o inicialmente estipulado para suprimir possíveis falhas.

No momento do transplante para local definitivo, garanta que as plântulas ficam espaçadas pelo menos 20 cm umas das outras entre linha e cerca de 70 cm entre plantas.

Se pretender que o bolbo do alho francês seja maior, deve cultivar alho francês mais próximo uns dos outros.

Uma operação cultural muito importante na cultura do alho francês é amontoa. Já ouviu falar?

A amontoa é uma técnica que serve para “branquear” o caule destas plantas, “amontoando” a terra em torno da planta para que fique com os talos bem brancos. Esta técnica deve ser realizada pelo menos duas vezes ao longo do ciclo desta cultura, num primeira fase quando da formação das primeiras folhas e uma segunda 1 mês antes da colheita ser iniciada.

Como cultivar alho francês: principais cuidados

No que diz respeito à rega, e dado que o alho francês gosta de solos com humidade, não deve se esquecer deste fator. Se apenas tiver uma pequena horta, regar com um regador sem ralo com alguma frequência pode ser suficiente. Se tiver uma produção mais profissional, o método de rega mais utilizado é a rega por aspersão. Ainda relativamente à rega, é fundamental que regue regularmente numa fase inicial da cultura até que as plântulas fiquem “bem pegadas” e posteriormente, regue especialmente nas alturas de maior calor pois as necessidades hídricas das culturas são maiores. Tenha em atenção o excesso de água/rega pois o alho francês não gosta muito de situações de “encharcamento” ressentindo-se no seu desenvolvimento.

Já no que diz respeito à adubação, não necessita de cuidados muito exigentes mas também não se pode esquecer de dar à cultura os nutrientes que necessita pois possuí um nível de exigência médio. Para uma produção mais caseira utilize estrume curtido, composto, consolda ou chorume de urtigas.

Se optar por uma adubação mineral, garanta que aplica o macronutriente azoto de forma fracionada, dividindo entre a adubação de fundo e posteriormente de cobertura após a instalação da cultura. O mesmo acontece com o potássio, que deve ser aplicado em cobertura quando a cultura estiver a desenvolver-se de forma mais pronunciada.

Muita atenção a adubações excessivas principalmente de azoto pois levarão a um crescimento foliar muito pronunciado.

Relativamente a pragas e doenças, destaco a mosca-da-cebola, tripes e a lagarta-do-alho-francês. No caso de humidade excessiva é possível que surja mais facilmente doenças causadas por fundos como por exemplo o míldio, mas também a alternariose e a ferrugem.

 

 

Quando colher o alho francês?

A colheita do alho francês pode ser iniciada a partir dos 120 dias consoante a(s) variedade(s) escolhidas bem como das condições de cultivo. Existem variedades mais tardias que só podem começar a ser colhidas cerca de 5 a 6 meses após a plantação e 7 meses após a sementeira. Esteja atento às informações que estão presentes nos pacotes de sementes relativamente à época da colheita pois caso não o faça pode comprometer a sua qualidade final e poder de conservação.

Normalmente, quando os seus pseudocaule apresentam cerca de 4/5 cm de diâmetro pode ser uma boa altura para o fazer. No momento da colheita, a planta é arrancada do solo inteira e posteriomente as suas longas folhas são aparadas.

Depois de colhidos e limpos , os alho-francês podem ser conservados no frigorífico se o consumo estimado for nos dias seguintes ou congelados quase pretendem um período de conservação maior.

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Olá, sou a Rosa. Nasci e cresci em meio rural e desde cedo percebi o que queria fazer para o resto da vida. Mais tarde, quando entrei no ensino superior tornei-me Técnica Superior do Ambiente e Agrónoma, áreas que sempre me fascinaram. Este blog é mais do que um projecto pessoal...é  o culminar de duas paixões: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Este é um local de encontro entre todos aqueles que partilham destas mesmas paixões.  
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