Ano agrícola novamente marcado pela seca que atinge 85,4% do território do continente

Fonte: Agricultura e Mar

As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 30 de Junho de 2023, apontam para um “ano agrícola novamente marcado pela seca que atinge 85,4% do território do continente, dos quais 25,6% em seca severa ou extrema (a Sul do Tejo), apesar do desagravamento registado no último mês a Norte do Tejo.

Segundo avança o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2023, do INE, “as primeiras colheitas dos cereais de Outono/Inverno confirmaram as previsões de uma má campanha”. As pastagens e forragens também “foram consideravelmente condicionadas pela seca, sendo as disponibilidades forrageiras insuficientes para assegurar a alimentação de muitos efectivos pecuários a Sul do Tejo, observando-se um aumento na procura de alimentos conservados num cenário de escassa oferta, com os preços a duplicarem face a 2022”.

Segundo os técnicos do Instituto Nacional de Estatística, a “instalação das culturas de Primavera/Verão decorreu com normalidade, com a campanha de regadio assegurada em 60 albufeiras hidroagrícolas, mantendo-se 5 com restrições de utilização de água de rega desde o ano passado”.

Área de arroz aumenta

E adiantam que “a superfície de arroz deverá aumentar 5%, devido à conclusão das obras nos canais do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado, enquanto no milho para grão de regadio, não se prevêem alterações de área face a 2022”.

“De um modo geral, as culturas de Primavera/Verão apresentam um regular desenvolvimento, embora no caso do tomate para a indústria se antevejam produtividades inferiores ao normal, consequência de algum aborto floral provocado pela onda de calor”, acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2023.

Por outro lado, avança que “os pomares de pereiras e macieiras deverão registar decréscimos de produtividade pelo segundo ano consecutivo (5% e 15%, respectivamente), ainda assim muito inferiores aos observados nas cerejeiras, onde se prevêem quebras de produção de 55%, face a 2022”.

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